24 dezembro 2009

Amanhã à vista

O ano de 2009 confirmou o aumento nos negócios da Consultoria, informação dada pela Pesquisa de 2008. Assim, se novos ofertantes de serviços de consultoria ingressam constantemente no mercado, preparados ou não, novos clientes também aportaram. Para os que se aproximam, oferecemos o curso. São os consultores brasileiros fazendo escola. Aos que chegam, sejam bem-vindos!

A mídia e as suas dúvidas acerca do leitor; os governos e a escassez de empregos, pressionando o assistencialismo; as instituições de ensino e seus desafios para repensar o instituto da superqualificação sem prazo de validade e sua metodologia de mão única; as congregações religiosas e sua extraordinária expansão em um mundo em que também a ciência se desenvolve consistentemente; as empresas e suas presentes preocupações com as novas tribos de consumidores e com o enxugamento de postos de trabalho, que seca o consumo; as franquias e seus gestores; as construtoras refletindo sobre os novos espaços (casa-escritório); o ressurgimento da preocupação com a Ética, com a eliminação dos desperdícios e com a Responsabilidade Social; os que ora ingressam no 1º emprego e os na jovialidade dos 50, em transição voluntária ou descartados, que desejam aconselhamentos; a (falta de) representação e os novos papéis dos sindicatos patronais e de empregados, conselhos, entidades de classe..., são oportunidades que surgem e estão ao nosso alcance.

Certamente os clientes estão mais exigentes, têm acesso a mais e melhores informações, e querem contratar consultores profissionais - independentes, com competência testada, experientes, exibindo a certificação CMC, a qual exige o reexame das competências, por atribuir validade restrita, tal e qual os brevês dos pilotos e a habilitação para motoristas.Boas Festas e Saúde!
Luiz Affonso Romano, Presidente do IBCO.

12 dezembro 2009

Nós ensinamos?

Nosso curso de Consultoria, voltado para um público jovem de treinandos - todos na faixa dos seus vinte anos -, sofreu dura crítica, chegando três alunos até a desistirem no meio do programa. Curiosamente isso nos orgulhou tanto que até estamos aqui, divulgando esse nosso ”fracasso“.
Com efeito, a alegação crítica - até veemente - foi de que o Curso “era demasiadamente prático”, tornando difícil a “anotação dos conceitos” e sua “memorização, leitura e compreensão ulterior” (sic, sic, sic).
Ora, de fato, nossa opção pedagógica vem sendo (v. Paulo Freire) a de que o professor não ensina, até ao contrario, o aluno é que aprende (ou não!)... Coerentemente, nosso viés didático - aplicado no Curso -, vem sendo o de se criar, durante as aulas, um clima participativo, de livre discussão, de enriquecedoras interpretações e idéias divergentes, procurando-se até fugir da unanimidade – sempre “burra” como repetia mestre Nelson Rodrigues -, procurando-se ir da diversidade criativa para um acordo consensual, prático, inteligente e, principalmente, aplicável no dia a dia das empresas, com ajuda do Consultor.
Convém lembrar, aliás, que essa análise diversificada e situacional das empresas- recomendada pelo Curso, aos Consultores -, lembra bem “que não existem doenças, mas sim, doentes!” – como não existem diagnóstico padrão nem mudança aconselhável a toda e qualquer empresa, como prescreve, eventualmente, a vasta e recente literatura da área administrativa e organizacional, com seus “Best-sellers” - que se vendem até com muito sucesso -, recomendando ali seus” Os dez mandamentos do administrador eficiente” ou” O que deve fazer o gerente exitoso”, tudo isso vazado, sempre que possível, em textos de aprazível leitura que nunca devem levar mais de 30 minutos para serem lidos (afinal, “Time is Money “”, não é mesmo?).
Já nossa “Capacitação “percorre caminho oposto. O Curso é apresentado em original sistema didático a que chamamos “técnica do jogral“ onde dois professores-consultores, em conjunto e simultaneamente, debatem com os alunos os conceitos estudados, podendo eles até divergir entre si, estimulando, assim a análise criativa e imaginosa dos temas propostos.
Com isso, com essa abordagem diversificada, temos observado, nos últimos dez cursos já apresentados, que os alunos têm aprendido muito mais... E os professores também!
Paulo Jacobsen, membro honorário do IBCO, Professor e Consultor

02 outubro 2009

Mercado de trabalho para os acima de 60 anos

É fato que a média de idade do brasileiro aumentou. As estatísticas comprovam. Mas a pergunta que não quer calar é outra: Será que as pessoas acima de 60 anos são reconhecidas na sociedade brasileira como fundamentais, devido a sua experiência? Esse e outros questionamentos são esclarecidos por Luiz Affonso Romano (foto), na Entrevista Vip dessa semana. Consultor Organizacional e de Pessoas há 39 anos, Professor do Curso Capacitação em Consultoria e Presidente do IBCO (Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização), gestão 2006/2010, Luiz Affonso fala no bate-papo sobre as tendências do mercado para os profissionais acima de 60 anos e dá dicas de como se manter ativo nessa fase da vida onde se abrem e fecham novas portas.





Mais Bahia – Muito se fala que a expectativa de vida do brasileiro está aumentando, o que é muito bom. Mas de fato, a sociedade reconhece a importância de uma pessoa com mais idade interagindo com a sociedade, em plena atividade?

Luiz Affonso Romano – Não. Parentes, familiares, vizinhos permaneciam empregados por 30/35 anos, e depois se aposentavam e iam “gozar” a vida com os netos ou em excursões, viagens, por mais alguns breves anos de sobrevida. Hoje, é só olhar ao redor os experientes e capacitados retomando seus lugares. As fotos na mídia mostram que, principalmente, no pós crise aparecem mais e predominam em determinadas profissões. Não se dispensa impunemente a experiência. Não se olha com preconceito para a idade, ao contrário, a auto-realização no trabalho, a permanência, é marca de competência e vigor.

MB - Qual o percentual de brasileiros que mantêm sua vida profissional após os 60 anos?

LR - Os na jovialidade dos 60 anos e os que passaram estão próximos aos 20 milhões. Nos EUA, dos dois milhões que ingressam por ano na faixa dos 60, 50% continuam ativos, úteis e com renda.

MB - E a vida profissional dessas pessoas, como fica?

LR - No passado, poucos continuavam ativos; o desgaste de anos de repetitivas e monótonas atribuições incapacitava-os e reservava poucos anos de sobrevida. Mas, hoje, não há mais promessa de emprego tranquilo, de 25, 30 anos, seguido de boa aposentadoria para o resto de seus dias, que eram breves. A maioria não comemora 5 anos empregado, da carteira assinada, numa só empresa e, se previdente, investe constantemente na carreira, tal qual fazem nos bens materiais (carros, eletrodomésticos...).

MB - Você sabe de casos de profissionais que são demitidos com a alegação de já possuírem uma idade mais avançada?

LR - Sim, há ainda em inúmeras empresas o descarte por idade “avançada”. É um desperdício. E por isso, algumas empresas também têm morte prematura. Não cuidam do seu ativo, o capital intelectual, e nem do clima organizacional.

MB - Quando chega a aposentadoria, na maioria dos casos que você tem conhecimento, o profissional tenta permanecer na empresa onde trabalha ou sai em busca de um novo ramo profissional?

LR - Por acomodação, por imprevidência, muitos no passado, com o desligamento, percebiam-se perdidos, sem rumo, achavam-se marginalizados, nem sobrenome tinham, adotavam o da empresa. Não se preparavam para uma segunda carreira, para a conversão planejada de uma vida profissional, na maioria das vezes, monótona para outra que permitiria ter as rédeas da carreira nas mãos. Hoje, preparam-se para viver mais 20 anos de vida e trabalho prazerosos, úteis e gratificantes.

MB - Há alguma tendência desse público que vai em busca do novo em focar em alguma carreira específica?

LR - Uns procuram a franquia, outros o comércio, o turismo, alguns o agronegócio, outros tantos a consultoria, mas todos passam por um processo de aprendizado. Os que elegem a Consultoria procuram-nos para aprender a fundamentar, a compreender os tipos de intervenção, o marketing da consultoria e a vender experiência, conhecimentos e a competência já testada.

MB - E os que permanecem na empresa, continuam geralmente com a mesma função, ou há casos de serem sublocados?

LR - A tendência mundial não é mais o descarte, a demissão, por idade. Podem continuar, galgar uma outra função, integrar o conselho. Mas, não devemos levar a sério a designação de “consultores externos de uma só empresa”. A profissão é de aconselhamento e não de execução e requer independência, competência

MB - A gente sabe que inevitavelmente o corpo não responde mais a nossa vontade após uma certa idade. Como se deve driblar esses contratempos para continuar se mantendo ativo profissionalmente?

LR - Devemos derrubar alguns mitos, lembrando que a balzaquiana, ontem de 30, hoje tem mais de 50 anos. Assim, adotando uma dieta saudável, exercícios físicos, entretenimento, leitura, reflexão, boa gestão do tempo, fazer o que gosta, com quem gosta e, se possível, onde gosta. Estar em dia com a vida estende muito a qualidade. Convivo com consultores com 80 anos, antigos mestres, experientes, capacitados em saber, em plena atividade, sem falhas de memória e muito criativos. Eles sabem que a ociosidade é um risco.

MB - Se a escolha for trabalhar em casa, quais os cuidados que se deve tomar para tornar o ambiente o mais profissional possível?

LR - Escolher um horário para se dedicar ao trabalho e cumpri-lo com rigor, não permitindo que a rotina da casa invada o ambiente laboral e que ruídos caseiros, como choros, risos, animais e TVs, penetrem no seu escritório e nem sejam ouvidos pelo seu cliente. Você tem que estar mental e fisicamente no escritório.

MB - Há alguma contra-indicação para a execução do trabalho em casa?

LR - Nenhuma se for um profissional liberal equipado com computador, celular, acesso à internet. Eu recomendo que se faça as reuniões em local apropriado, fora do escritório. Mas é importante que quando chegar casa (sempre mais rápido que no passado, quando levava de 40 minutos a 2 horas no deslocamento), não volte a ele, escritório. O tempo, ganho e o pós- trabalho, é seu e da sua família.

MB - Quais conselhos você dá para quem já tem mais de 60 e ainda tem vontade de continuar trabalhando e vê a idade como uma experiência extra na função que exerce?

LR - Identifique as necessidades das organizações, estruture o que tem a oferecer, capacite-se a fazê-lo. Pergunte-se quem o conhece e como fazer para se tornar conhecido e procure um conselheiro, um consultor com senioridade. Sucesso ao reiniciar sua carreira numa atividade profícua e compensadora, tanto do ponto de vista material quanto, mais importante ainda, a sua realização pessoal e a qualidade de vida.

MB – Quais seus planos pessoais para a “maior idade”?

LR - Aperfeiçoar o aconselhamento profissional, aumentar a carga dos exercícios, claro que orientado por check-up anuais, escrever, estudar mais, aprender com as perguntas inteligentes dos alunos, ler, conhecer mais o meu país, conversar com os meus e amigos e divertir-me a valer. Enfim, manter-me ativo.

28 setembro 2009

Aguardar um líder ou construir o nosso destino?

Quem conduz? Procuro os líderes da vez e suas facetas? Atenho-me aos programas de desenvolvimento? Arrisco-me aos livros encimados pelo tema? Recorro aos filósofos de passado remoto e recente? Examino os líderes das religiões, das guerras, os governantes e seus milagrosos planos econômicos, desde Hamurabi, Diocleciano, e os nossos que estupraram a confiança nos governantes, levando-os da aclamação à vaia homérica e pior ao desinteresse pela carreira política, ao exercício sadio da liderança, que já vinha dilacerado por dois regimes ditatoriais, com intervalo de 20 anos?
Quantos exemplos não afloraram? Pesquiso os biografados, de momentos históricos tão díspares, de países, sistemas de governo e organização econômica distintos? Percorro os personagens dos clássicos? Analiso os recentes dos esportes? Ou ao contrário busco vir à memória idéias e ilusões?
Liderança de sintonizar com os grupos, em determinadas situações, a fim de atingir, num esforço coletivo, metas e objetivos comuns.
Pressupõe líder e liderados alinhados? Que compreendem realmente o seu papel?
Entusiasmam-se pelo que fazem? Ou vão passando...
Ontem e hoje, que história de sucesso de líderes resiste vinte anos à frente e será capa outra vez de prestigiosa revista de negócios?
Que modelo / estilo pode ser importado e aplicado diretamente nas veias das organizações assemelhadas nos países centrais ou pior nas de países periféricos?
E que substitutos similares ou genéricos dispensam bons diagnósticos que os adaptem à organização receptora, enquanto não desenvolvemos modelos que correspondam a nossa miscigenação pessoal e organizacional, sem desafinar?
Há pouco, insistiu um aluno que queria porque queria um modelo de Liderança para as organizações. Tentei em vão explicar que o modelo, a forma, a maneira, vem após o diagnóstico, pois não há um só modelo que atenda a todas as organizações e a todas as situações. Os momentos, as estruturas, as missões, são dessemelhantes. Acho que ficou frustrado, pelo semblante enfezado. Que desfaçatez! Paguei para não obter de uma vez por todas a solução para todas as organizações. Queria a verdade absoluta por uma inscrição no Curso! Mas o mau começo nos estudos pasteurizados por professores preguiçosos, agravado na infância pela exposição excessiva a programas de TV e da internet, sem diálogo com os pais, espalha a obediência cega a manuais e despreza de vez o provocar, educar a enxergar, filtrar os problemas e a destrinchá-los. Não pensam, copiam.
Assim, no século XXI, de vidas não bem vividas, lancetadas ao frescor da entrada nos enta , os pais não se constituem mais referência - sair a alguém da família- para os jovens.
Aquela medalha de 25 anos de trabalho ininterrupto, sem faltas, numa só empresa, virou peça de leilão para ser arrebatada como raríssima antiguidade.
No ambiente organizacional, com a agitação quotidiana sem rumo, ausência de qualquer identificação com os bens e serviços, tão diferente dos artesãos, e de quando a mão de obra incidia com mais peso no preço final, com a imagem e o logomarca transitórios, somos colegas ou competidores?

Empresas, academia e consultores, responsáveis pela implantação de programas de enxugamento da mão de obra, por que agora não apresentam, antes que seja tarde demais, programas que, com início no ensino médio, ou antes, desenvolvam interesse na autorealização no trabalho e não no emprego? A expectativa de vida aumentou e hoje ultrapassa os 80. O que iremos fazer nos anos que restam? Aguardar um líder ou construir o nosso destino?

Luiz Affonso Romano, CMC, presidente do IBCO, professor dos cursos de Caacitação/ Formação em Consultoria

21 setembro 2009

Como aproveitar a maturidade no trabalho

Quando chega a aposentadoria, será que é hora de parar de trabalhar? Para muitos brasileiros a resposta tem sido não. É cada vez maior o número de profissionais que continuam em plena atividade após os 60 anos. Nos Estados Unidos, esse número já ultrapassa dois milhões de pessoas.
A maturidade pode ser uma nova forma de se encarar o trabalho, defende o consultor Luiz Affonso Romano, presidente do Instituto Brasileiro de Consultores de Organização. Nessa etapa da vida, quando o profissional já construiu uma carreira bem sucedida, o trabalho pode deixar de ser um fardo para se tornar um prazer.
- É a oportunidade para realizar alguma coisa que não fizemos, algo que nos dê satisfação - diz o consultor.
Os médicos advertem sobre a importância de se manter ativo, não apenas o físico, mas também o mental. Aproveitar os conhecimentos adquiridos ao longo da vida e compartilhar essa experiência pode ser um caminho para continuar em atividade. Por isso, muitos profissionais nessa idade se tornam consultores.
Romano ministra palestras e dá aconselhamento a muitos profissionais que buscam o que fazer quando chega a aposentadoria. O desafio é mostrar que é possível continuar trabalhando, mesmo sem sair de casa.
- Hoje em dia, com um laptop e um celular, você já tem um escritório. O importante é ter uma certa disciplina e criar um novo hábito. Um dos meus clientes, quando começou a trabalhar de casa, colocava terno e gravata para se sentir trabalhando - conta Romano.
Para quem quer experimentar é importante tomar alguns cuidados:
- Procurar um local na casa onde você possa ficar isolado, sem que ninguém o incomode;
- Ao falar no telefone, evitar que os clientes ouçam ruídos como crianças, cachorro e outros barulhos típicos da vida doméstica;
- Procurar respeitar uma rotina de horários;
- Criar metas buscando sempre a automotivação.
LINK DA NOTÍCIA http://www.sidneyrezende.com/noticia/56220

11 setembro 2009

Curso Capacitação em Consultoria- 4ª turma


Concluiu-se no dia 18 de agosto mais uma turma, a 4ª, do Curso Capacitação em Consultoria, no Rio de Janeiro, contando com os professores- consultores Luiz Affonso Romano, Luiz Augusto Costa Leite, Marcos Rabstein e Paulo Jacobsen que, em estilo didático de "jogral" - quando dois ou mais professores, ao mesmo tempo, "dialogam" com os participantes -,vem comprovando, pela participação e motivação dos alunos e as avaliações diárias, que o mestre Paulo Freire tinha toda razão, ao afirmar: "... o professor não ensina, o aluno é que aprende..."
O encerramento contou com a presença de uma das mais notáveis psicanalistas brasileiras- Dra. Marialzira Perestrello, com mais um livro pronto, neste seu nonagésimo terceiro ano de vida prazerosa e ativa -, que abordou o tema " Criatividade nas Organizações ". e a contribuição que os Consultores podem trazer para esse recurso especialmente crítico.

25 agosto 2009

Preparando Futuros Consultores




A FGV Jr. - Empresa Júnior da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro -organizou a 1ª turma do Curso Introdução à Consultoria, voltado para os alunos da graduação da FGV em Administração, Economia, Direito e Ciências Sociais, concluída na quinta- feira, dia 30 de julho.


Assim, torna-se a FGV Jr. a 1ª Empresa Jr no país a preparar alunos para uma carreira que apresenta expressivo e qualificado aumento da demanda. O Curso teve o apoio institucional do Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização(IBCO).

O curso foi ministrado pelos consultores Luiz Affonso Romano, CMC, e Paulo Jacobsen da Affonso Romano Consultores Associados e presidente e membro honorário do IBCO, respectivamente.

fonte: www.fgvjr.com.br

04 agosto 2009

Consultoria para os que ingressam

O final do século passado inaugurou uma nova fase na economia mundial: a globalização, acompanhada da divisão de países e criação de novos, fusões e aquisições de empresas e o sempre presente descarte de mão de obra. E neste século, em qualquer setor da economia, nos diferentes países, nos mais variados portes de empresas, todos se conscientizaram que fazem parte do ‘tabuleiro' de negócios da economia global.

As grandes empresas têm demonstrado que não há tamanho nem limites. As novas crises e gripes também.

Assim, ao adotar processos de enxugamento, as empresas liberaram também para o jogo um novo personagem, os ex-gestor, agora o autônomo, o independente, experiente e capacitado em saber, com bastante conteúdo, carente de reconhecimento do mercado, com deficiente rede de relacionamento, sem, ainda, competência individual testada e nenhuma autogestão no trabalho.

Hoje, há homens e mulheres, com menos ou mais de 40 anos, casados ou morando só, alcançáveis pelo e-mail ou celular, que não pretendem parar de trabalhar após os 55, e serão aguerridos no mercado. Muitos viverão até os 85 anos e voltam a se perguntar, agora aos 40, tal qual fizeram aos 20 anos, como se programar e se preparar diligentemente para 30 ou mais de vida profissional prazerosa, útil e gratificante.

Agora, nessa fase de transição, voluntária ou não, os que, de forma acomodada, deixaram que suas vidas fossem conduzidas, tem a magnífica oportunidade de retomar as rédeas da carreira.

Uma porta que se abre é a da Consultoria Técnica e/ou Organizacional, cada vez mais solicitada pelas organizações face às bruscas mudanças globalizadas e às novas formas de trabalho. Mas como ser reconhecido como Consultor, na multidão de novas caras, novas mensagens, que chegam diuturnamente e entopem as nossas caixas de mensagem , e despertar o interesse e aparecer mais para o público para o qual realmente interessa aparecer?

Aqui vão algumas sugestões:

• Aprender a identificar quem é e onde está o cliente;
• Estruturar o que sabe , aquilo em que se destacou e pode oferecer, mas indagar sempre se é o mesmo que o mercado deseja;
• Aceitar e se convencer que pode se lançar num vôo solo e/ou se associar em empresa ou por projeto;
• Tornar mais tangível possível o serviço ofertado;
• Perceber o peso da inseparabilidade do serviço- prestador;
• Optar se ofertará serviços de ganhos no volume e/ou valor.
Enfim, os consultores podem afirmar, com convicção, que qualquer Organização, como as pessoas, têm problemas nas áreas da Comunicação, Planejamento e MKT Estratégico. Aí estão algumas oportunidades!
Luiz Affonso Romano, CMC, Affonso Romano Consultores Associados

12 julho 2009

Contratação de Consultoria


Buscar por um diagnóstico e encontrar a solução para um problema. Desde que o mundo é mundo, pessoas que se vêem diante de um dilema recorrem a um auxílio externo na esperança de encontrar uma resposta para suas angústias. Com as organizações não é diferente. Ainda mais depois da globalização, quando as exigências do mercado sobre a qualidade, produtividade e inovação de produtos e serviços forçaram as empresas a acompanhar o ritmo imposto pela concorrência na busca pela competitividade.

Neste cenário, a contratação de um profissional isento, com conhecimentos capazes de transformar a realidade da corporação de modo a ajudá-la a implementar melhorias que agregam valor ao seu produto, pode ser a maior vantagem de se contar com uma consultoria. Pelo menos essa é a opinião do presidente do Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização (IBCO), Luiz Affonso Romano.

Segundo ele, as áreas de atuação das consultorias variam do planejamento estratégico à pesquisa do clima organizacional; do desenvolvimento de talentos à gestão de competências; dos procedimentos e práticas operacionais à identificação de oportunidades. E por aí vai. De acordo com o consultor, os profissionais brasileiros desse ramo de atividade atingiram elevado nível de proficiência – o que é resultado do permanente aprimoramento técnico e da grande experiência desses profissionais no tratamento dos mais diversos problemas das empresas públicas e privadas.

Nesta entrevista ao Consulte PME, Romano conta um pouco sobre a história da consultoria no mundo e mostra como os empresários de pequenas e médias empresas podem se beneficiar com a contratação de uma empresa desse tipo. Ele também informa quais cuidados devem ser tomados ao procurar por um profissional. Veja a seguir:

PME: Quando surgiram as primeiras consultorias?
Romano: O consultor é, essencialmente, um conselheiro. Um ser de ajuda. Essa figura sempre existiu, e remonta ao tempo em que havia os bobos da corte, os únicos que podiam, segundo a tradição, falar o que pensavam e queriam, sem serem enforcados. Contudo, a consistente influência do Cardeal Richelieu, durante o andamento da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), na França, foi um marco histórico. Naquela ocasião, ele, ministro onipotente, convenceu o seu soberano, Luís XIII, a ignorar as queixas da religião católica, na qual o rei foi batizado, para dar espaço aos protestantes e, assim, garantir sua soberania. O também Cardeal Mazarino teve marcante presença como conselheiro, e o mais discutido, analisado e citado Maquiavel traçou as primeiras linhas de um plano ao aconselhar Lourenço de Médici como constituir um principado, governá-lo, fortalecê-lo.

PME: Como a consultoria ganhou força na área empresarial?
Romano: Na área econômica e organizacional, a consultoria ficou mais forte com a industrialização. No Brasil, os primeiros consultores surgiram com a vinda de consultorias internacionais, em meados da década de 1950. Houve um incremento muito grande na década de 1970, quando o governo aprovou lei que incentivava a contratação para treinamento dos funcionários. Assim, as empresas, ao passarem a organizar as relações de trabalho e a produção, o incipiente setor de vendas, o de finanças e o de custo (este devido à pesada intervenção nos preços) recorreram às consultorias externas. No caso das PMEs, as grandes consultorias não tinham interesse, pelo seu baixo poder de compra. Tradicionalmente, os primeiros consultores de nossos empresários foram seus advogados e contadores, que tinham uma visão mais ampla do ambiente de negócios e não sofriam as pressões internas de interesses geralmente familiares. Não conheciam gestão, mas tinham bom senso e sabiam como ligar a prática às leis, contratos e outros ordenamentos.

PME: Os grandes contratantes eram a indústria, os governos e os bancos. E agora, que áreas demandam consultoria?
Romano: Esses setores ainda são fortes contratantes de consultorias, mas hoje toda vez em que determinada atividade cresce em complexidade, a ajuda externa é crescentemente solicitada. O ritmo da mudança é muito forte e ninguém mais se anima empreender apenas por intuição. É possível apontar entre elas entidades empresariais e de empregados; organizações que trabalham com esporte, saúde, lazer e cultura, ONGs, franquias, condomínios, escritórios de profissionais, cooperativas, criadores e desenvolvedores de tecnologias, franquias, organismos internacionais multilaterais, energia, congregações religiosas, e, principalmente, a pequena e média empresa, em todas as áreas de atividade.

PME: Quem são esses consultores?
Romano: Há três perfis de consultor exclusivamente voltados à consultoria: o empregado, que começa como trainee em uma empresa de consultoria e faz carreira, aspirando à sociedade; o que, dirige ou pertence a consultorias especializadas, de vários tamanhos, e o consultor autônomo, que é independente e pode se associar em alguns projetos. Há, ainda, profissionais de instituições ligadas à área de ensino e executivos com flexibilidade de horário que dedicam parte do tempo à consultoria. Vale comentar que alguns profissionais eventualmente desempregados se intitulam consultores (até que um novo emprego apareça), mas isso não deve ser levado a sério.

PME: Há também os que vão para a consultoria na busca por uma segunda carreira...
Romano: Quanto à transição de carreira, ou segunda carreira, o que acontece é que um profissional experiente e maduro, depois de ter dedicado tempo significativo a uma empresa ou atividade, resolve ingressar na consultoria. A exclusiva competência técnica não o credencia para tal; é necessário treinamento em consultoria para conhecer suas diferentes facetas e até mesmo se é isso que o interessado deseja. Independentemente de como se apresentem, é imprescindível que os consultores acumulem notável conhecimento, alcancem experiência, percebam as funções da organização e entenda o setor do cliente. Para isso, demonstrar habilidade para identificar o real problema, o rigor metodológico, administrar as resistências a mudanças, além de organizar diagnóstico e recomendações relevantes são requerimentos importantes ao bom êxito do trabalho. Saber lidar com processos e com o cliente é premissa básica para um bom consultor.

PME: Quais os pré-requisitos necessários que se deve ter antes de contratar uma consultoria?Romano: Trata-se de encontrar quem possui as competências que mencionei na pergunta anterior. Além disso, uma empresa ou pessoa com quem se possa ter um bom diálogo, que entenda seus valores e conviva com o seu problema (empatia). Testemunhos de empresas, para as quais prestou serviços assemelhados é outro cuidado. Bom indicador é o número de trabalhos contratados com o mesmo cliente. Não se deixar envolver pelo consultor que tudo sabe e pode. Mesmo nas PMEs, o nível de especialização chegou a um ponto que dispensa o palpiteiro. O IBCO também lista consultores e consultorias, o que facilita a busca. Mas a indicação de cliente ainda é a melhor maneira de chegar a um profissional de reconhecida competência.

PME: Qual é o melhor momento para se contratar um consultor?
Romano: Geralmente, as empresas percebem que precisam de um consultor quando já não conseguem fazer seu trabalho de forma organizada e efetiva ou quando sentem a necessidade de uma mudança no comando, no foco do negócio, nos sistemas ou forçados por uma ampliação da demanda. Por conta disso, inclusive, o clima organizacional pode não ser o melhor; oportunidades são perdidas e a qualidade dos produtos e serviços deteriora. As empresas melhor dirigidas contratam preventivamente, quando percebem que novos processos serão necessários para apoiar uma mudança. Ou então, assim que detectam uma disfunção.
PME: É possível mensurar o retorno do investimento numa consultoria?
Romano: É na fase inicial, quando o contrato é firmado, que se definem os objetivos e expectativas. O instrumental disponível permite que se determine a diferença entre como a situação está hoje e como deverá ficar depois. Conhecida a defasagem, determinar os indicadores de sucesso. Esta talvez seja a parte mais importante de um projeto, pois evita frustrações de ambas as partes. No entanto, o retorno do investimento não é totalmente quantificado. Há o tangível e o intangível, mas ele aparece no decorrer do processo de consultoria e mais à frente. E isso ainda depende do que pode ser feito na empresa. É bom deixar claro que não se trata de simplesmente passar a régua, cortar material, equipamentos, pessoas e investimento em treinamento. A consultoria almeja bem mais. Cortar por cortar, o açougueiro até faz melhor. O trabalho do consultor traduz, ainda, uma relação custo-benefício. Em geral, este profissional cobra por hora, ou por projeto. Também podem ser fixadas metas de aumento de receitas e produtividade, sempre lembrando que o consultor não substitui o empresário na gestão de seu negócio. Quem toma as decisões sobre o que, quanto e quando deve ser feito é o cliente. Por isso, é necessário criar uma relação de confiança e credibilidade entre as partes.

PME: Deve se contratar uma empresa de consultoria ou um consultor especializado?
Romano: A escolha está mais em função do serviço a ser contratado do que se é consultor ou empresa de consultoria. A empresa aglutina consultores que podem agregar e partilhar conhecimentos, o que é uma vantagem, mas também pode ser uma desvantagem se a consultoria não adotar um modelo de gestão que priorize o cliente e um consultor-coordenador para liderar as ações na empresa contratante. A meu ver, o que se deve levar em consideração é o seguinte: escolher um consultor que demonstre competência técnica em consultoria, profissional na área de especialização, conhecimento do setor e cujo número de renovação de contratos seja significativo comprova sua aptidão e credibilidade. Recomenda-se, ainda, que o contratado tenha certificações. A mais importante é a de Certified Management Consultant (CMC), certificação que lhes confere reconhecimento internacional, pois é conferida pelo International Council of Management Consulting Institutes, aqui representado pelo IBCO. Consultoria ou consultor independente, o fundamental é que siga padrões éticos e entregue o que prometer.

PME: Que cuidados as empresas devem ter depois que contratam um consultor ou uma consultoria?
Romano: Uma vez contratada a consultoria, é obrigatório que as PMES acompanhem de perto o trabalho do consultor. Realizem reuniões periódicas de trabalho e acompanhamento de etapas e cronogramas, e conheçam, de fato, a real dimensão do problema. Isso só será possível se o executivo responsável pelo contrato costurar um relacionamento produtivo e aberto com todos os departamentos da corporação e mantiver contato freqüente com o consultor, patrocinando, endossando e apoiando seu trabalho. Com certeza, a maioria dos fracassos de projetos de consultoria ocorre por falta de apoio efetivo da alta direção das empresas.

10 julho 2009

Consultor educa, não ensina,

As organizações estão incorporando, crescentemente, conceitos e processos de aprendizagem em suas práticas gerenciais e operacionais.
O trabalho do consultor se dá a partir de, pelo menos, quatro dimensões que têm relação direta com a aprendizagem: relação de ajuda, mudança, intervenções e implementação com autonomia decisória do cliente.
1 - Por ser uma relação de ajuda, o consultor fornece ao cliente apoio necessário a identificar e compreender seus problemas, incluindo aprendizagem sobre novas formas de os resolver. O cliente se educa no momento em que reflete, assim como o consultor. O ciclo desse processo tem dupla repercussão: ambos aprendem.
O consultor se esquece que o cliente também tem suas competências e não se satisfaz em receber sabedoria, numa atitude passiva. Passividade gera submissão, alienação ou resistência encoberta. Educação significa sair da mesmice e precisa ser provocada.
2 - A segunda dimensão que gera oportunidades de aprendizagem é a mudança. Quem a está vivendo não sabe exatamente como ocorre e o que produzirá. Sempre há o desconhecido, o improvável. Há a necessidade de compreensão, envolvimento, implantação de novos processos e adoção de modelos mentais condizentes, tudo isso gerando capacitação, treinamento, desenvolvimento e aprendizagem contínua.
A mudança não pode ser anunciada como uma sinfonia pronta, mas uma concertação de talentos que aprendem e executam suas partituras em consonância com os demais. O maestro é o líder e o consultor o afinador.
3 - É, no entanto, nas intervenções que a aprendizagem pode se transformar em rede. Uma intervenção tem riqueza quando possibilita reproduzir aprendizagens. Não existe só para resolver determinados problemas; precisa ter potencial multiplicador tão amplo quanto a demanda pedir. A melhor intervenção é a que leva à aprendizagem em ação (action learning), por moto próprio do sistema cliente.
4 - Quanto à quarta dimensão - implementação com autonomia, sabemos que sua responsabilidade total é do cliente, dono do problema. Se tiver cabeça moderna, preferirá aplicar os princípios da organização de aprendizagem (learning organization), onde o processo produtivo é enriquecido por práticas de educação continuada. Na sociedade do conhecimento, quem não aprende, desaprende.
Em qualquer organização, o desenvolvimento sistemático requer aprendizagem permanente, tão importante quanto à execução de tarefas em si. Um projeto oriundo de consultoria ficará pela metade se não procurar incorporar aprendizagem em cada operação do cliente. Não existe começo, meio e fim, como num filme romântico de Hollywood. Há sempre um movimento, até que surja uma nova necessidade.
O consultor é um empreendedor educacional. O processo aprendizagem-ação é parte essencial de qualquer projeto, célula na corrente sanguínea. Se não houver reprodução, o organismo se debilita ao extremo. A competência educacional é o que mantém o consultor vivo, à frente do tempo.

Por Luiz Augusto Mattana da Costa Leite, CMC e vice- presidente do IBCO.

29 junho 2009

O dia do Consultor





Brasil, 26 de junho de 2009

Caros colegas Consultores, estamos de parabéns! Hoje se comemora, internacionalmente, por sugestão do ICMCI, o dia do Consultor.

O IBCO, membro e representante do ICMCI na América Latina, acolhe a iniciativa e celebra a data com a comunidade de consultores do Brasil e afiliados dos países da região.

Como bem sabem os colegas, o Consultor tem árdua tarefa. Inicialmente procura ele identificar e definir qual o problema do Cliente - que, aliás, nem sempre sabe bem qual seja ele.
Ultrapassada esta etapa, prossegue, o Consultor, examinando possíveis causas do "status-quo", gerando opções de solução para o problema e indicando qual a mais recomendável. E, mais ainda, em alguns casos, ainda resta a tarefa crítica de ajudar a implantar as soluções propostas. Enfim, o profissional lida com a Mudança - uma das tarefas mais difíceis e instigantes das organizações, públicas e privadas.

É fácil reconhecer quão difícil pode ser este trabalho, cheio de percalços, dúvidas, incertezas e riscos, haja vista que o Cliente espera, quase sempre, uma solução "mágica", quase um "truque " que venha a resolver problemas que levaram anos a se instalar.

É nesse cenário que o nosso IBCO vem se desenvolvendo, nestes 40 anos, apoiando os Consultores na caminhada, com informações, pesquisas, cursos, recomendações, padrões éticos, opiniões e reconhecimento do mercado, para melhor qualidade em nossas intervenções, tornando-as mais bem adaptadas ao ambiente, eficazes e atendendo cada vez melhor às expectativas do contratante.

Nesse Brasil, que exibe essa pletora de recursos em potencial e que continua crescendo apesar das crises- nativas e importadas, nós Consultores contribuímos de maneira oportuna e importante para uma pátria mais desenvolvida, mais justa e certamente mais feliz. Parabéns novamente.

Atenciosamente,
Luiz Affonso Romano, CMC
Presidente do IBCO

17 junho 2009

Recolocação ou Capacitação: Qual é o seu Caminho?



Tempos novos exigem novos comportamentos, vez que com a crise (admitimos com atraso, só após o Carnaval), o nosso instinto de segurança é aguçado e criativamente implementado. Alguns reagem como os animais quando acuados e poucos são previdentes, como Prometeu, e iniciaram a conversão planejada.

Com efeito, por exemplo, o acelerado enxugamento nas empresas, iniciado com os processos de redimensionamento de atividades, a automação, as fusões, as incorporações..., e, a partir de 2008, exacerbado pela crise internacional, empurrou executivos de larga experiência e capacidade para a transição voluntária de carreira e outros para o descarte. Estes se percebem perdidos sem o mapa do mundo corporativo. Na metamorfose, por não mais pertencerem a esse mundo, acham-se marginalizados.

Argumentam eles de que adianta maturidade, habilidade e competência testada se o mercado não os recoloca nas corporações, nem os credencia de imediato para uma carreira solo. Quem os acolherá e irá usufruir de toda essa experiência que o mercado corporativo, muitas vezes, prefere desperdiçar.

Na Consultoria, seja vinculada à empresa ou como atividade autônoma, as oportunidades surgem, tradicionais e novos setores demandam serviços de consultoria e treinamento conduzido por pessoas experientes, com vivência e com a competência de só quem já passou por situações (erros e acertos gerenciais) saberia o momento de intervir, melhorando os processos, treinando pessoas, reconduzindo empresas aos “eixos”.

O que falta a eles? Autogestão, empreendedorismo, competência em Consultoria, reconhecimento do contratante, networking...
Mas antes é importante que decifrem o dilema: espalhar currículos, aguardar apático a recolocação ou se capacitar para trilhar o caminho da Consultoria, só ou associados.

Planejamento e Gestão da Consultoria podemos mostrar, mas Experiência e Competência profissional é com você!

Luiz Affonso Romano,CMC, Presidente do IBCO e professor dos Cursos de Capacitação para Consultores.

27 maio 2009

Palpiteiro.

ASSIM É FÁCIL !
Qualquer "palpiteiro" - executivo de resultados- adentra uma empresa e, rapidamente, melhora o Cash-Flow.
É só sair por aí a degolar gente. Por exemplo, que tal resolver o déficit crônico do executivo, legislativo e judiciário, botando 50% do pessoal na rua?
Mais difícil -e para isso servem os Consultores - é otimizar os recursos humanos e materiais de uma organização, assessorando na coordenação e no gerenciamento efetivo das suas atividades.
O velho Taylor, por exemplo, afirmava -e provava - que os operários trabalhavam em média com uma produtividade 50% abaixo de suas reais potencialidades Ora, imaginem se ele, ao invés de organizar melhor o trabalho, tivesse, simplória e apressadamente, despedido esse "bando de preguiçosos"? A indústria norte-americana teria sobrevivido ?

Luiz Affonso Romano

14 maio 2009

Executivo capacitado em saber. Para que?


Hoje o mundo do executivo não é nada cômodo, a concorrência- externa e interna- não dá trégua, seu salário, benefícios e participação nos resultados atraem cada vez mais contingentes de executivos tão preparados quanto desejosos também dos benefícios do cargo e ansiosos pelo topo do organograma da empresa.

Não há mais como no passado uma legião de secretárias e assistentes, salários dos funcionários regidos por dissídios, culpar o CIP pelo mau desempenho e mercado “cartelizado oficialmente”.

Os executivos com longa e rica experiência nas corporações – de acertos e erros -, carregam uma bagagem de conhecimentos, teoria e prática, padrões e exceções gerenciais, idéias e projetos, que são opções a serem aplicadas no dia-a-dia e continuam a ser desperdiçados, por conta de um padrão (e porque não dizer, ignorância) do passado: a idade, cada dia mais cedo, na jovialidade dos seus quarenta / cinqüenta anos, maduros, experientes e capacitados em saber ainda mais.

Muitos deles migram para a consultoria - atividade essa que se expande com a demanda constante de novos setores -, assim investindo com antecedência, na conversão planejada, do mundo corporativo, do emprego e da carteira assinada, para o aconselhamento e consultoria que o aceitará pelos seus conhecimentos e experiência e não olhará com preconceito para sua idade.

Deste modo, começam a planejar a conversão, acreditam e iniciam o convencimento da família de que não haverá mais salário fixo, nem tudo será na mesma sequência, não colocam a culpa no mercado, pois sabem que agora as mudanças serão sempre bruscas, constantes e implacáveis com os que não têm as rédeas da carreira nas próprias mãos e que viverão além dos 80 anos.

O mercado de consultoria está de olho nesses profissionais, mas será que basta a experiência? Ou a preparação, dada por quem está há muito tempo na Consultoria, abriria oportunidades para esses executivos (desligados ou prestes a ser), mostrando o mercado, quem são os clientes tradicionais e os novos, as formas de atuação dos consultores, o marketing, a venda de serviços, o planejamento e a gestão da Consultoria.

Sem dúvida toda sua experiência e competência é o mais importante, mas também se faz necessário conhecer os caminhos a trilhar para adentrar no mercado.

Desperte o espírito empreendedor que há em você, liberte-se do comodismo, abra os olhos para consultoria, mercado promissor que o acolherá de braços abertos e saberá valorizar a experiência e conhecimento, adquiridos em tantos anos de estudo e trabalho.

Luiz Affonso Romano, presidente do IBCO e coordenador do Curso Capacitação em Consultoria.

O IBCO Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização programou turmas do curso Capacitação em Consultoria para os que estão à procura de redirecionamento de vida e carreira / trabalho e reciclagem em Consultoria, em Porto Alegre, Salvador, Rio e São Paulo. Veja em www.ibco.org.br

06 maio 2009

Crise e estresse


A crise está aí, há já algum tempo, só que agora, ainda tem a tal da gripe suína – quem pode ! Com isso e mais a redução do nível de negócios, enquanto aumentam – e não proporcionalmente -,os compromissos a saldar, os problemas crescem e se acumulam, e o Consultor ainda tem que dar “um jeito” na problemática do cliente.

Uma das conseqüências desse cenário – uma das piores -, é o estresse... Que se desenvolve sorrateiramente, de mansinho, provocando estragos só observados após já se ter instalado. E um dos resultados possíveis– desculpem-me o alarmismo e franqueza –, pode ser, como afirmam alguns epidemiologistas, além das úlceras, uma gravíssima cardiopatia.

Que fazer? Ora, pois se não podemos mudar totalmente nossa realidade externa, nosso cenário, talvez se possa, isso sim, comandar nossas respostas “internas” , administrar os seus resultados negativos, tanto mentais e emocionais quanto somáticos, controlando, dentro do possível , o natural e previsível estresse , com diminuição e até supressão dos efeitos.

Para isso, temos duas palavras mágicas – relaxamento e meditação- e não estamos falando de religião nem de auto-ajuda, mas sim da utilização de técnicas , até bem conhecidas e testadas.

Que vêm se demonstrando, aliás, excelente alternativa, ao alcance dos executivos e empresários em geral, para se conviver com as crises que, por paradoxal que pareça, podem também resultar em comportamentos e atitudes mais saudáveis que os atualmente praticados.
Quer saber mais? Comente e sugira.
Paulo Jacobsen

27 abril 2009

O Conselheiro




Conselheiro? Fiquei pensando que tipo de Conselheiro gostaria eu de ser para os que agora se iniciam profissionalmente, num ambiente de emprego escasso, de laços frouxos de pertencimento, fios frágeis para conter solidariedade humana e profissional, enfim,da perda da confiança nas organizações.

Assim, lembrei-me do Conselho dos Dez, que ocultos, embuçados e em reuniões misteriosas e secretas decidiam os destinos da aristocrática Veneza do Renascimento... Ora, esse Conselheiro nada a ver comigo!

E o Conselho dos 500, que teoricamente "mandava e desmandava", mas, até pelo número e ausência total de autêntica representatividade, simplesmente desapareceu no turbilhão da Revolução Francesa? Também não gostaria de fazer parte disso...

Então, quem sabe membro de um Conselho de Guerra? Ou do Conselho de 1919 para acabar com todas as guerras. Enfim, os que não souberam identificar os problemas reais, os que nada tinham para ou poder dizer.

Foi aí que, procurando uma postura mais útil e até mais justificável, lembrando-me desses meus 30 anos exercendo ininterruptamente a Consultoria, envolvido com a gestão de Empresas e com os mais diversos estilos e responsabilidade do Consultor, acabei por escolher a postura mais discreta e mais pertinente, a de, simplesmente, oferecer alguns conselhos para os graduandos, que optam pela Consultoria como contraponto ao enxugamento do emprego formal, às vezes rotineiro e mecânico.

O primeiro, para os futuros Consultores, é que bem mais importante que resolver problemas dos clientes-empresas é ajudá-los a definir qual o real problema; dessa definição correta depende, pelo menos, uns 80 % ou mais de uma solução efetiva do problema. Aprenda a fazer perguntas e só depois apresente suas respostas.

E aí já vem um segundo conselho: se você seguir a sugestão anterior, irá cedo descobrir, as mais das vezes, que o principal problema da empresa é alcançar seus objetivos, mas que, feita uma pesquisa meticulosa e consistente, você acaba por descobrir que o pessoal não sabe bem quais seus objetivos prioritários ou, ainda pior, as opiniões divergem segundo a pessoa consultada. É que a maioria não conhece os objetivos da empresa. Como não sabe onde guardam o código de Ética e por quanto tempo permanecerá na empresa. Vivem às apalpadelas. Os que sabem, viciados na rotina, não percebem os ajustes necessários para mudar a rota, desviando-a da onda mais alta da crise. É que, tal qual o peixe, não conhecem o mar. Vivem nos seus mares.

Agora, nosso terceiro conselho, para os consultores, já que, disse alguém bem sábio "Onde estiver o vosso tesouro, aí está vosso coração".
Oxalá tenham sucesso!


Luiz Affonso Romano Presidente do IBCO e membro do Conselho Consultivo da FGV Jr

14 abril 2009

Empresas Jr: preparando o futuro dos alunos


Hoje, os profissionais devem estar conscientes e preparados para lidar com mercados globalizados, com novas tecnologias, os infindáveis processos de enxugamento, um mundo sem a predominância do emprego formal, ou seja, com relações frouxas no trabalho, corrosão da confiança, da lealdade e do compromisso mútuo, ético. Enfim, com conflitos originados também nas pressões entre diferentes stakeholders, que encolhem o tempo de permanência nas empresas, descartando profissionais no vigor dos seus cinqüenta anos, justo no momento em que se acham maduros e experientes. Capacitados em saber.

Um primeiro passo para que isso ocorra - a conscientização e a preparação - é prover e incentivar as Empresas Jr a difundir para os alunos o conceito da gestão da carreira/trabalho (responsabilidade dos próprios indivíduos)-, apresentando e discutindo as práticas de trabalho em equipe, administração de conflitos, os novos mercados, oportunidades e novas formas de trabalho, o construir e cultivar relacionamentos, que não as burocracias e ensinos estáticos construídos para o “não pensar”, para a estabilidade, para a obediência e, como conseqüência, despersonalização do aluno e do profissional, mostrando, assim, que é necessário buscar sempre significado e transcendência no trabalho.

Ter as rédeas da vida e do trabalho deve ser a meta do novo profissional.

Luiz Affonso Romano

03 abril 2009

CHORAR NÃO ADIANTA!


Existe uma Crise – todos concordam. Vai durar muito? Só divergimos quanto ao prazo. Também se discutem as responsabilidades. Houve fraude? Foram inconsequentes? Parece que sim. Desligaram-se os controles? Tudo indica. E assim por diante, um monte de acusações e caça aos culpados e até de alguns bodes expiatórios. Por exemplo, o coitado do Bush que sempre acreditou Paris ficar no Texas e que todo o mundo agora chama de incompetente – que poderia lá ele fazer se “sumidades” econômicas, professores e consultores (até prêmios Nobel ) e poderosos grupos financeiros não lhe alertavam a respeito - muito ao contrário , se calaram, por astúcia ou ignorância -, enquanto o “tsunami” se aproximava ?

Ora, porque não concordarmos todos que a Crise foi e é afinal e, antes de tudo, um fenômeno de amoralidade e ausência de ética – de esquecermos que nosso direito e necessidade terminam onde começa os dos outros -, fingindo não saber- que se alguém ganha, alguém em consequência perde e quando se ganha exageradamente muito, o mesmo ocorre, de sinal trocado. A todo débito corresponde um crédito, já assegurava há muito Frei Lucca Paciolo

Mesmo com a foto esmaecida, confusa, vamos parar de chorar e apresentar uma proposta. Mais especificamente, por que não se cria, por exemplo, um “Certificado de Responsabilidade Social“ – ou algo parecido -, para as empresas que realmente quiserem fazer alguma coisa , além de simplesmente espernear e pedir mais dinheiro?

Funcionaria assim: o Governo concederia estímulos creditícios e fiscais, benefícios cambiais e preferência em fornecimento aos governos. Em troca, as empresas se comprometeriam em não despedir seus efetivos – além de determinada cota e por um prazo específico, principalmente, nos setores mais críticos e para os níveis hierárquicos menos elevados – até três ou quatro salários mínimos, por exemplo.

Quixotesco? Por incrível, isso até já funcionou. No Brasil, há cerca de 40 anos, o ministro Roberto Campos propôs um pacto para conter a explosiva inflação. As empresas se comprometiam manter estáveis seus preços estáveis por 10 meses em troca daqueles estímulos e preferências. A adesão ao pacto foi liderada pela indústria automobilística, que, pela sua importância, trouxe a reboque os fornecedores (aço, pneus, borracha, plásticos, têxtil...) e estes foram puxando a adesão à CONEP dos petroquímicos, alimentícios...Para ficar num exemplo de passado recente.

Entre as inegáveis vantagens de tais medidas é que elas transfeririam os ônus da “acomodação” - que a Crise vem imperiosamente exigindo -, do Governo para o Setor Privado, da iniciativa estatal de salvação pública para a racionalidade mais cuidadosa e efetiva dos administradores empresariais, do atacado de medidas populistas e bombásticas para o varejo das iniciativas pontuais e objetivas.

Ficam o comentário e a sugestão. Para grandes males, homéricos remédios. Continuamos a chorar o leite derramado ou construímos novas oportunidades, realimentando corajosamente mais e melhor nosso plantel leiteiro?

Luiz Affonso Romano-Presidente do Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização (IBCO) e Paulo Jacobsen- Professor e Consultor.

10 março 2009

Ética Empresarial

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Consultores de Organização (IBCO), Luiz Affonso Romano, a atual crise mostra que muitas empresas ditas responsáveis na verdade respeitam tanto a ética como as companhias no início da revolução industrial.

- As ondas de demissões nas grandes empresas, com o enxugamento decorrente da queda do emprego formal, são feitas sem qualquer preocupação com a apregoada atitude ética e responsabilidade social. Por quê, em vez de apenas mandar o último cheque para os demitidos, as empresas não tentam prepará-los para uma nova carreira ou readaptá-los a outras funções?

E prossegue:

- Ao que parece, os decantados códigos de ética, sem auditoria e acompanhamento, servem apenas para ornamentar os balanços anuais e as apresentações, em mídias físicas e eletrônicas.

Para o especialista, os agentes diretos e indiretos da administração pública deveriam conceder, cumulativamente, redução de impostos, taxas, incentivos à exportação e preferência no fornecimento ao governo e os bancos oficiais empréstimos a juros privilegiados. E conclui:

- Os benefícios seriam dados às empresas que, diante da crise, aplicassem políticas mais humanas e estratégicas, proporcionando ambiente fecundo ao surgimento de talentos e comprometimento mútuo, ético. Afinal, cidadãos, governos, corporações, todos, estão na mesma viagem e no mesmo barco, cúmplices e companheiros do mesmo destino.

04 março 2009

Cuide da carreira antes que seja tarde demais. Ou enquanto há tempo


A globalização e a forte crise mundial vão deixando a nu o cenário que envolve os executivos brasileiros na faixa dos 50 anos, que de uma hora para outra se enxergaram disponíveis no mercado em busca de recolocação profissional ou levados para uma segunda carreira, na qual o cacife que têm está na grande experiência que acumularam em anos de atividade. Agrava a situação o fato de as demissões nas grandes empresas serem processadas sem a preparação adequada do pessoal para uma 2ª carreira.

Para alguns (poucos, muito poucos) essa passagem é a conversão planejada- investimento com antecedência no preparo- para o mundo novo da Consultoria ou do negócio próprio, jornada que iniciam ainda jovens aos 45/ 50 anos e com vida financeira quase sempre bem definida.

Para outros, que imprudentemente acreditavam na permanência por mais de 20 anos na mesma empresa, o caminho é o mesmo de quem se preveniu, só que mais apressados e em situação mais frágil da enfrentada por quem fez da segunda carreira uma conseqüência inexorável da primeira. Mas agora também aptos a escolher uma atividade (franquia, comércio, consultoria, ensino,...), mais a seu gosto e que represente crescimento, satisfação e qualidade de vida.

Para os jovens, que ora ingressam nas universidades, os que estão no início da jornada, devemos assegurar que estejam conscientes e preparados para lidar com mercados globalizados, com novas tecnologias, os infindáveis processos de enxugamento, um mundo sem a predominância do emprego formal, ou seja, com relações frouxas no trabalho.

Uma sugestão é implantar por meio de Empresas Jr, de modo a difundir para os alunos - momento de mais plasticidade, mais condição de absorção, menos interferências de outras aprendizagens -, o conceito da gestão da carreira como responsabilidade dos próprios indivíduos, num processo que apresentaria e discutiria plano de vida e carreira/ trabalho, os novos mercados, novas formas de trabalho, o construir e cultivar os relacionamentos, a educação continuada, e não o ensino estático, construído para o "não pensar", para a estabilidade, para a obediência e, como consequência, responsável pela despersonalização e desorientação do aluno e do futuro profissional.

Em outras palavras, é necessário buscar sempre significado e transcendência no trabalho e ter às mãos as rédeas da vida e do trabalho.

Luiz Affonso Romano, presidente do IBCO